Sua usina está perdendo R$ milhões por ano.
E o motivo não está na falha técnica. Está no que ninguém está enxergando.
Sua usina pode estar operando normalmente, mas “tá rodando” não é o mesmo que “tá performando”
Alguns anos atrás, vi uma usina recém-entregue, toda nova, 5MW.
SCADA integrado. Equipe técnica competente. Contrato de O&M “ativo”.
No papel, tudo certo.
Mas 12 meses depois, o prejuízo já passava dos R$ 2 milhões.
O motivo?
Falta de gestão.
Não era sistema. Não era tecnologia. Não era equipe.
Era a ausência de um modelo de tomada de decisão.
Quem me acompanha no Linkedin sabe que falo bastante sobre:
O que derruba o ROI não é o erro visível. É a gestão invisível.
O que é (de verdade) uma gestão operacional estratégica
Gestão real não é só “acompanhar dashboards”.
É:
Saber o que priorizar.
Saber onde está o gargalo da semana.
Saber o que não pode falhar de jeito nenhum.
Saber como corrigir com o menor impacto e custo possível.
É ter um método que conecta engenharia, execução e dados operacionais à consequência financeira.
Os sintomas da gestão que finge que está gerindo
Você reconhece algum desses?
[01] → OSs abertas, mas sem análise de causa real
[02] → Indicadores bonitos, mas que não viram decisão
[03] → Time técnico que executa, mas não sabe o porquê
[04] → Falhas reincidentes sendo tratadas como novidades
[05] → Planejamento feito, mas ignorado na execução
E mais:
“Vamos ver isso depois”
“Não deu tempo de priorizar”
“Foi só um caso isolado”
Esse modelo “reativo com cara de estruturado” é o mais perigoso.
Parece que está tudo certo… até que os números não batem.
E o mais grave?
Todo mundo sente que tem um problema, mas ninguém sabe onde.
Como construir uma rotina mínima de gestão real
Você não precisa dobrar a equipe nem contratar um software novo.
Precisa começar com três perguntas toda semana:
[01] O que mais impactou negativamente essa semana?
[02] O que pode sair do controle semana que vem?
[03] O que precisa de decisão urgente?
E aplicar isso numa rotina tática simples:
Segunda → Planejamento da semana
⤷ Backlog, OSs críticas e gargalos esperadosQuarta → Diagnóstico de desvios de performance
⤷ Análise de causa raiz e correções possíveisSexta → Follow-up + Prévia da próxima semana
⤷ Logística, suprimentos, execução e pendências
Mas nada disso funciona com um hiper, super, mega software licenciado, ou com os alarmes genéricos e travados, ou mesmo com uma análise no excel desconectado.
Você precisa de know how, dados estruturados, equipe disponível, rotinas, processos e método de análise e decisão.
E isso, não acontece somente de segunda a sexta das 09h às 17h.
Pois quem atua?
⤷ quando o alarme dispara no sábado?
⤷ quando o equipamento que nem ligou às 06:30h?
⤷ quando a geração despenca fora do horário comercial?
As usinas operam 24h por dia. 7 dias por semana.
E performance não espera ninguém voltar do recesso pra rodar.
É nessa hora que o “improviso estratégico” cobra seu preço.
Gestão é o que sustenta o ROI quando tudo aperta
Quem vê gestão como tarefa burocrática, logo trata como despesa.
Mas quem entende a função estratégica da gestão:
→ Protege o ROI
→ Garante previsibilidade
→ Libera o time pra pensar, não só apagar incêndio
→ Aumenta maturidade a operacional e consistência dos resultados
🎯 O Core da semana
Falha que se repete = alerta de gestão
A usina não precisa de mais gente. Precisa de gente alinhada
Planejamento ignorado = desperdício certo
Reunião sem decisão é só agenda lotada
O&M não se trata. Se gere.
📚 Conteúdos que completam essa edição
🔗 Post – Quem cuida da usina quando todo mundo vai embora?
🔗 Post – Por que algumas operações, mesmo com bons profissionais, patinam na performance?
🔗 Post – Você acha que tem uma operação sob controle...
🔗 Bastidor – Será que internalizar a gestão é mesmo mais barato?
👋🏻 Um recado rápido antes de ir…
A Metrion Core é um hub de conteúdos sobre inteligência operacional aplicada ao O&M de usinas renováveis.
Aqui, você vai encontrar o que realmente move os ponteiros, sem achismo e sem enfeite técnico.
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Philipe Gabillaud